Foto: Ana Leite. Escola localizada no município de Viseu, no nordeste paraense. Foto: Ana Leite
Professores tem sido alvos constantes de críticas nas redes sociais que envolvem o tema “retorno escolar”. O retorno das aulas escolares tem gerado polêmicas no Pará por conta da divergências entre pais e professores, enquanto os responsáveis pedem o retornos às aulas para não contar com as crianças em seus cuidados, os professores auxiliam nos ensinos de forma virtual para a saúde das crianças para não terem contatos com alguém infectado pelo novo coronavírus.
Em um jornal de grande circulação no Estado do Pará e que tem uma página na rede social Facebook, foi publicada uma matéria falando do retorno presencial das aulas escolares da rede privada de ensino, marcada para data de 03 de agosto, isso gerou incontáveis comentários sobre o assunto e o que mais chamou a atenção foram as críticas aos docentes, como se o retorno presencial tivesse condicionado a escolha dos mesmos, quando se sabe que este assunto é de decisão de instância superior como o Governo.
Vale lembrar que o governador do Estado do Pará, Hélder Barbalho (PMDB), é a favor do isolamento social como forma de diminuir os riscos de disseminação do Covid-19 e que o mesmo sempre foi inclusive contra as falas do Presidente Jair Bolsonaro (Filiado ao PSL até Novembro de 2019), quanto as medidas adotadas contra o Coronavirus e que já chegou decretar lockdown em maio no estado em algumas cidades. As aulas foram suspensas desde 18 de Março com o surgimento do primeiro caso confirmado e prosseguem até o momento.
Apesar de os profissionais da educação estarem diretamente envolvidos no assunto e de fato a maioria estar contra o retorno presencial das aulas, os mesmos não tem voz quanto a decisão do retorno a ser tomada, mesmo sabendo que a volta das aulas presenciais vai expor diretamente estes profissionais ao contato direto com alunos que possam estar contaminados, só se fala e pensa na saúde dos alunos que podem contaminar uns aos outros e a saúde dos profissionais fica a margem dessa preocupação.
Não bastasse o risco que estarão expostos e que tem sido ignorado, os professores, principalmente da rede pública de ensino tem sido taxados de preguiçosos e acusados de quererem receber seus salários e não fazer nada. Sem contar que muitos professores queixam-se de estarem recebendo seus salários com descontos e que tiveram suas férias adiantadas, mesmo sabendo que não há motivo para descansar, passear, viajar, relaxar, como se faz nas férias de fato. Estes profissionais, assim como todos os outros trabalhadores de todas as classes, não tem culpa da pandemia, mas são estes que são criticados toda vez que se toca no assunto. E isso tem causado um mal estar geral na classe que alega estar se sentindo mais desvalorizada que nunca e que a educação no Brasil é a área que menos recebe atenção e respeito e que ao que se pode notar, nem mesmo os pais dos alunos defendem a classe.
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